segunda-feira, novembro 29, 2004

Untitled

Suddenly I only see my own face among the crowd,
when there's still a little bit of trace I left behind.

Wandering through the cold precocious dark Sundays,
while searching for an appalling inspiration.

And when everything seems to be blue or grey,
I run in the street to catch the beat of my heart.

In the end, writing is likely to be the shelter,
where I exorcise my demons.

With a sleepy head I get out of bed for another week,
as the big bad world is calling.

I step in my shoes, there's so much to do,
no time for yawning.

By Friday, life has killed me.

-E-

quinta-feira, novembro 18, 2004

Diferencas


Desde que mudei-me para Londres, como e normal em qualquer processo de mudanca, tem sido quase inevitavel a comparacao de determinados aspectos/habitos/tracos culturais entre duas nacoes, embora europeias, com demarcadas diferencas. Como cresci em Lisboa e actualmente trabalho em Londres, decidi abordar unicamente os habitos culturais caracteristicos destas duas cidades, tendo em consideracao a falta de representatividade face aos seus respectivos paises e comparando apenas o que a minha experiencia tem proporcionado. Ora vejamos:

Nivel semanal de alcoolemia

Ingles (I) - E quase religioso para o Ingles nunca beber menos que 10 litros cerveja por semana . Em termos temporais, sai do trabalho com os colegas e vai para o Pub tomar um copo(s) e so depois vai para casa e se for preciso ainda bate na mulher...

Portugues (P) - O Portugues nao alcoolico, salvo casos pontuais, bebe com os amigos preferencialmente ao fim-de-semana . Como nao sou perito em cerveja, e bem provavel que a cerveja portuguesa contenha uma maior precentagem de alcool, dai nao alcancar a media dos 10 litros semanais. E ao fim-de-semana que as pessoas mais saem a noite e um copo e quase sempre precedido de um jantar e a noite podera ou nao acabar numa discoteca.

Refeicoes

I - Em Londres comer em todo lado esta na ordem do dia. Nem sempre e agradavel ver uma pessoa a fazer a sua refeicao nos transportes publicos sem qualquer complexo ou vergonha. Quando o Sol decide dar ares da sua graca (o que e raro por estes lados), as pessoas simplesmente comem ao ar livre e se nao estiver muito frio e interessante ver-se na City (zona financeira de Londres) pessoas de fato e gravata sentadas na relva dos parques a almocar.

P - Ha coisas que o portugues nao esta habituado, uma vez que prefere fazer a sua horita de almoco (de preferencia sentado...a este respeito sou suspeito). Nos dias de semana, come num restaurante/tasca ou refeitorio ou leva sua bela da 'bucha' de casa, mas raramente em ambiente 'outdoors' (exceptuando as esplanadas) e muito menos em transportes publicos e afins.

Leitura

I - Assim como as refeicoes, o ingles le em praticamente todo o lado. Mais uma vez os transportes publicos sao um exemplo gritante. O que nao quer dizer que o nivel de literacia seja dos mais elevados. E preciso nao esquecer que a Inglaterra e uma das principais produtoras de tabloides semelhantes ao '24 horas' ou 'O Crime'.

P - Tambem em relacao a leitura o portugues nao gosta de ultrapassar a fronteira de sua casa, do cafe da esquina ou da biblioteca, ou seja, da minha consideravel experiencia de transportes publicos leva-me a concluir que o portugues nao e muito dado a leituras.

Aparencia

I - De um modo geral o ingles nao liga as aparencias. Caso nao saibam Londres e a capital da moda de rua, ou seja, toda e qualquer indumentaria que fuja aos supostos padroes normais de que estamos habituados nao choca de maneira nenhuma o mais formal dos ingleses.

P - Quanto ao portugues, nada ou quase nada lhe e indiferente em termos de aparencia e vestuario. Qualquer traje menos convencional e motivo para uma silenciosa risota ou um olhar menos discreto, seguido de um 'faz de conta que estou a pensar numa coisa importante' quando o alvo se apercebe que esta a ser observado...

Relacoes profissionais

I - O ingles leva a serio a velha maxima ' O que e trabalho, e trabalho. O que e conhaque, e conhaque'. De facto as relacoes profissionais nao invadem o campo do pessoal e vice versa (como e obvio ha sempre excepcoes a regra). Por exemplo, quando numa reuniao de trabalho ha um desentendimento de ambito profissional entre dois colegas de trabalho que ate se dao bem, nada impede que essas mesmas pessoas vao tomar um copo nessa mesma tarde como se nada tivesse acontecido. Enfim, e uma mentalidade fria, muito anglo-saxonica que contrasta com o sentimentalismo latino.

P - O nacional porreirismo portugues, raramente permite que desentendimentos entre dois comparsas de trabalho existam em situacoes de maior exposicao face a terceiros, como e o exemplo de uma reuniao. Geralmente nunca se prejudica ou se refuta o ponto de vista um colega de trabalho a frente do chefe ou similar. E uma visao bem mais pessoal e menos calculista das relacoes de trabalho

Titulos profissionais

I - Numa organizacao, as pessoas tratam-se pelo primeiro nome, independentemente da posicao que ocupam. O que nao quer dizer que nao haja uma hierarquia, bem pelo contrario. Neste sentido os ingleses fazem questao em respeitar a escada hierarquica a letra, sem quaisquer restricoes em termos de acessibilidade.

P - Em Portugal ainda vigora a politica do 'xo doutor' (infelizmente, todas as pessoas com uma licenciatura tem um prefixo de Dr, Eng ou Arq no seu nome, quando nada disso faz sentido na maior parte dos paises a excepcao dos medicos e/ou doutorados. Como so ha bem pouco tempo o ensino nas universidades em Portugal se tornou acessivel a todas as classes, desde entao criou-se este quase mito restrito de pessoas com canudo ). Em muitas instiuicoes portuguesas (publicas e privadas), raramente os Drs/Engs/Arqs respiram o mesmo ar que o comum dos mortais. Se calhar estou a exagerar, mas o que e certo e que muitas pessoas ambicionam frequentar um curso superior so pelo titulo e status que este proporciona.

Movimentos pendulares

I - Se bem me lembro das minhas aulas de Geografia, sao movimentos pendulares todos os percursos feitos casa-trabalho, casa-escola, etc... numa determinada regiao/cidade. Ora os ingleses fazem esse mesmos percursos maioritariamente em transportes publicos. Tendo unicamente como referencia a cidade de Londres, sao raras as pessoas que se deslocam de transporte proprio (automovel) para o seu local de trabalho. Independentemente dos problemas que possa ter, tais como a degradacao de algumas estacoes de metro/comboio, o que e certo e que os Londrinos utilizam verdadeiramente a sua (enorme) rede de transportes que tem a disposicao. Como medida de ordenamento de territorio, prevencao ambiental e qualidade de vida criou-se o 'Congestion Charge' que e um imposto que se paga para se poder circular de automovel no centro da cidade.

P - Em Portugal, particularmente em Lisboa, o numero de carros na cidade tem crescido de uma forma quase assustadora. Isto porque, nao ha uma rede de transportes capaz de responder as necessidades das pessoas. Se bem que ha muitas pessoas que nao trocam a comodidade do seu automovel pelo 'sentir do pulsar do povo'. Outras ha, que tem a sua vida facilitada ao terem parqueamento e viatura pagos pela entidade laboral.

Estas sao algumas das diferencas que tenho vindo a observar. Uma das poucas coisas em comum entre estas duas culturas e, definitivamente, o futebol, que os ingleses vivem tao ou mais apaixonadamente que os portugueses. Assim como em Portugal, tambem o futebol e o desporto rei e todos os grandes investimentos a nivel de infraesturas e complexos desportivos sao-lhe direccionados, esquecendo muitas vezes as outras modalidades desportivas.

-E-

A uma vela a arder

O estado de espirito de uma vespera...

Vela que em mares de esplendor navegas
por canduras brilhantes estendida,
até te esvaíres, toda esvaída,
e cega por brilhar, até que cegas;

se serena luz há, logo de anegas;
com a tormenta ficas submergida;
com breve sopro foges de tua vida
e com serena calma a teu fim chegas.

Tão sem memória vem teu ocidente
que, ao seres de breves cinzas breve cópia,
notícia não dará do que é luzente;

fumo será teu fim, pira não imprópria;
deixarás sombra em tudo, mas somente
não deixarás a sombra de ti própria.

Francisco de La Torre Sevil (? - 1680).

sexta-feira, novembro 12, 2004

Falando de musica

Cada qual vive a musica a sua maneira . Pessoalmente, nao consigo viver sem musica. Exceptuando as ressacas, de uma forma geral acho que nao padeco de mau humor matinal. No entanto, se nao ouco radio de manha, saio de casa com a sensacao de que me esqueci de algo. Ao deitar, o ritual radiofonico raramente e esquecido.

Para mim os anos 80, sao sem duvida a minha decada de eleicao em termos musicais e nao me canso de dizer isso. Isto porque, os anos 80 conheceram estilos musicais que proliferaram de uma forma nunca antes vista (pelo menos durante a minha experiencia de vida), tais como Pop, Pop alternativo, Electronica, Futurista, New Wave, Punk Rock (ja numa fase de consolidacao, dado que foi um movimento iniciado em finais dos anos 70) Soul, R&B, Hip-Hop... you name it! Para alem disso, comecou-se associar, pela primeira vez, a musica a imagem, com o aparecimento do videoclip, que veio revolucionar toda a industria discografica.

Como a maior parte dos miudos da minha idade, fui bafejado pela musica, atraves dos media, radio e televisao (ja numa altura posterior). Muito devido a influencia da minha irma, comecei por ter contacto com o 'easy listening' do mundo Pop dos anos 80 , onde se destacam bandas como Duran Duran, Spandau Ballet, Wham!... enfim, estilos de musica completamente diferentes dos que ouco actualmente. Esta vulgar descoberta da musica ainda me levou a frequentar licoes de guitarra.. que na altura achava o maximo! Mais uma vez, a preguicite foi mais forte do que a vontade de aprender a tocar e desisti.

Para alem da diversidade de estilos musicais que fundaram muita da musica que se faz hoje, os anos 80 viram nascer verdadeiras lendas da musica (ligeira como e obvio). Os U2, sao para mim um exemplo disso. Uma banda que nao se fez unicamente de vendas de discos ou concertos, mas tambem de muito carisma, procurando uma constante reinvencao de estilos, em busca de novas sonoridades, por forma a manterem-se actuais. Penso que eles ainda estao para durar e se por acaso um dia deixarem de existir como banda, serao sem duvida considerados como uma verdadeira lenda da musica. De facto e curioso que o fenomeno do desaparecimento subito de uma estrela, dependendo da forma como se extingue, faz dela uma lenda. Vem-me a memoria nomes como Ian Curtis, Jimmy Hendrix ou ate mesmo Freddie Mercury.

Outra epoca sem duvida interessante, marcada pelo nascimento do Jazz (que eu adoro), foram os 'roaring 20s'. Os loucos anos 20 fizeram-se notar mais nas grandes metropoles norte-americanas e foi, de facto, uma altura em que as pessoas extravasavam as suas emocoes, ainda marcadas pela entao recente Primeira Guerra mundial. A riqueza do Pais duplicou e nunca antes os Estados Unidos tinham visto tanta prosperidade. Para muitos o Jazz era simplesmente sinonimo de barulho sem qualquer sequencia melodica. Originalmente associado aos afro-americanos, o Jazz foi, por isso, muito criticado pelos defensores da moral e dos bons costumes, uma vez que as camadas mais jovens da sociedade americana, independentemente da sua origem, abracaram com grande entusiasmo este estilo diferente (visto por muitos como musica do Demo) de musica. O que e certo e que o Jazz veio para ficar e ainda bem que assim aconteceu. Para mim, a sensacao de tomar um copo de vinho e ouvir Jazz ao vivo num bar, e simplesmente indescritivel. Ai que saudades de Nova Iorque '...and all that Jazz...'.

Quanto a musica que ouco actualmente, nao e nenhuma novidade para quem me conhece (vide my profile). Uma das minhas grandes lacunas musicais, e sem duvida a musica classica....Obviamente, conheco as obras de autores mais conhecidos, tais como Mozart, Beethoven, Orff...Ha, no entanto, muito para conhecer. Um dos que tenho ouvido ultimamente e Liszt e estou a adorar. Ao contrario da musica ligeira, e um tipo de musica que se tem que aprender a gostar e para quem nao esta habituado as vezes e dificil. Temos que apelar muito para a nossa sensibilidade auditiva, ate porque nem todas as pecas sao faceis de 'digerir'. No fundo, acho que uma pessoa vai moldando aquilo que eu costumo chamar uma personalidade musical. Obviamente, ninguem tem que estar vinculado unicamente a um estilo de musica, mas irrita-me solenemente quando determinadas pessoas dizem que ouvem ou gostam um pouco de tudo. De certeza, que nunca ouviram Trash Metal ou ate mesmo Goatrance. Por isso, qualquer afirmacao nesse sentido e e sera sempre infundada, devido a diversidade de estilos musicais que vao surgindo a todo o momento.
-E-

segunda-feira, novembro 08, 2004

Getting away with it

Depois de alguns dias de silencio forcado, sem tempo algum para escrever, decidi mesmo assim correr o risco, devido a falta de timing (dado que o resultado das eleicoes soube-se na semana passada) e rascunhar esta adenda ao anterior post.
Procurei no 'America is not the World' ser o mais imparcial possivel quanto ao resultado das eleicoes americanas. Acho, no entanto, que ha uns quantos pontos a esclarecer quanto a eleicao de Bush.
Embora torcesse pela sua derrota, no fundo toda a gente (ou quase toda) sabia que George W iria ser o vencedor. Este senhor, que mudou radicalmente de vida quando descobriu a religiao, diz ter-lhe sido incumbida por Deus a missao de se tornar Presidente dos EUA. Em Janeiro 2001 ao ser nomeado (e nao eleito) pela populacao americana (sem esquecer obviamente o estado da Florida!) nao tinha nenhum programa politico minimamente coerente na manga. So a partir do famigerado dia 11 de Setembro de 2001 e que se fez luz naquela mente brilhante. 'Eureka!' pensou ele. 'Depois 8 meses de ferias no Texas, esta e a minha oportunidade para mostrar ao mundo que sou o maior!'
Ora, de entre muitas contradicoes que giram a volta da personagem George W. Bush, a que acho ser a mais notavel e a extrema religiosidade que diz ter, a contrastar com a o seu 'inexplicavel' odio pelo Iraque... ou sera antes amor pelos pocos de petroleo?! O que e certo e que, imediatamente apos o 11 de Setembro, foi-se criando uma nuvem de rumores entre o governo Bush, que Saddam Hussein tambem era responsavel pelos ataques terroristas, tinha actuado em parceria com a Al-Quaeda e possuia armas de destruicao macica. Os rumores transformaram-se subitamente em certezas, as quais teriam que ser vendidas a todo custo, como pretexto de entrada no Iraque. Partiu-se assim para uma guerra, baseando-se apenas em rumores, suspeitas e crencas, que mais nao foram do que uma propaganda bem orquestrada, so comparavel a propaganda nazi por alturas da Segunda Guerra Mundial.
Mais uma vez, Bush conseguiu atirar areia aos olhos dos americanos e garantir o seu lugar na Casa Branca por mais um mandato. Como diria um amigo meu, la vamos nos assistir a mais quatro anos de estupidez. Como e que alguem que estava enclausurado no Texas e que so obteve um passaporte quando foi eleito pela primeira vez, pode ou consegue entender as politicas externas dos outros paises sem os visitar ou ate mesmo conhecer os seus problemas in loco? O que importa e rodear-se das pessoas certas. Muitas delas (algumas ainda da antiga administracao Reagan), embora nao tenham qualquer poder de decisao, influenciam grandemente a sua conduta politica.
Com tudo isto, como e que a populacao americana pode estar tao cega quanto a seu 44o presidente? Como e que alguem pode sair impune depois de tantos erros cometidos no anterior mandato e ainda ser premiado nas eleicoes?
Enfim, acho que tao cedo nao vos macarei com a tematica Bush/EUA...
-E-
Post Scriptum: Obrigado a todos que se deram ao trabalho de comentar o blog em geral e o meu ultimo post em particular. O facto deste 'Me, Myself and Eye' nao vos ser indiferente, ja e algo de muito positivo. Espero que continuem a dar a vossa opiniao sobre as minhas opinioes!

terça-feira, novembro 02, 2004

America is not the World

Bem a proposito, sendo hoje o dia em que os cidadaos norte-americanos elegem o seu 44o presidente, decidi dedicar este post aos EUA.

Depois de ter visionado 'Fahrenheit 9/11' e o o 'Super Size Me', concluo que a decadencia norte-americana nao tem limites. Provavelmente esta ja deve ser notoria ha bem mais tempo, mas so agora me dei conta da sua dimensao.

Poderao pensar que esta minha opiniao estara unica e exclusivamente relacionada com a politica conduzida por Bush depois do 11 de Setembro. Nao so... mas tambem. A irracionalidade de uma guerra contra o terrorismo e armas quimicas inexistentes no Iraque, para alem de dizimar civis iraquianos, tem morto milhares de soldados norte americanos e conduzido a uma corrida desenfreada a raptos de cidadaos nao iraquianos, (que por razoes profissionais ou nao, se encontram no Iraque), por parte de grupos (terroristas) organizados.

Seguidos por alguns paises europeus (como e o caso do Reino Unido), os Estados Unidos, como em quase tudo, estao no topo das nacoes mais gordas do mundo. Quando estive em Nova Iorque, pude constatar que os precos em geral sao equiparados aos nossos (da Europa), sendo a alimentacao extremamente barata face ao poder de compra, principalmente se se tratar de fast food. Tendo em conta que os EUA foram os grandes percursores deste tipo de alimentacao, as doses cavalares estao em crescente fase de expansao. Como e que alguem consegue beber cerca de 1Litro de Cola numa refeicao? Pois e... a dieta americana atingiu proporcoes assustadoras de Super Size. E disso que trata documentario 'Super Size Me', cujo autor da a entender que a comida fast food para alem de ser prejudicial a saude, contem substancias viciantes (o que caracteriza grande parte da comida do McDonald's, empresa retratada no documentario), que levam as pessoas a ingeri-la compulsivamente, numa base quase diaria. Ou seja, quando uma pessoa tem um vicio, so se sente bem quando o alimenta e e isso que acontece de alguma forma com a Fast food.

Ate aqui, somos levados a pensar que o efeito obesidade responsabiliza unicamente o consumidor, que opta por este tipo de alimentacao. No entanto, e certo que as grandes multinacionais de fast food, sabendo acerca dessas substancias viciantes, que sao parte integrante dos seus menus, incitam ainda mais a compra deste tipo de comida, atraves de alvos especificos, como e o caso das criancas. Todos nos conhecemos os efeitos da obesidade e o facto destas empresas prosseguirem objectivos economicos puramente corporativistas em deterimento de uma nacao saudavel, so me leva a confirmar cada vez mais a decadencia da sociedade norte americana. O que e mais preocupante e que tratando-se de empresas Multinacionais, arrasta com ela outros paises onde a sua presenca e cada vez mais forte. Pelo que sei este documentario comecou a passar ha pouco nos cinemas em Lisboa. Desculpem-me os adeptos do McDonald's, mas vale a pena ver.

Quanto as eleicoes de hoje, espero pelo melhor, se bem que acho que e tudo uma grande palhacada. Por um lado o Bush, diz-se o melhor candidato face a guerra contra o terrorismo, por outro o Kerry que apela ao voto dos eleitores, prometendo combater a recessao economica e falta de emprego que tem afectado alguns estados como e o caso de Ohio. Na esperanca de que nao hajam (re)contagens de votos pouco ortodoxas, estou a mais a torcer pela derrota de um do que pela vitoria de outro. Acho que nao e dificil adivinhar a minha preferencia...

Hoje de manha, vinha ouvir no comboio o ultimo album de Morrisey. Cada vez que o ouco acho simplesmente genial. A dupla Morrissey/Marr, nucleo duro dos Smiths, eram nos anos 80 a perfeita combinacao de letras inteligentes com inovadores arranjos musicais. Este ultimo album a solo escrito pelo genio Morrisey 'You are the Quarry' nao e excepcao a obra dos Smiths. Penso que o jovem esta a sair-se muito bem sem a ajuda do Johny Marr. Oucam se tiverem oportunidade. Deixo-vos ainda com alguns excertos do primeiro tema do album 'America is not the World' que me serviu de inspiracao para este post.

'America your head's too big,
Because America, Your belly's too big
And I love you, I just wish you'd stay where you is
In America, The land of the free, they said
And of opportunity
In a just and a truthful way
But where the president, Is never black female or gay
And until that day
You’ve got nothing to say to me
To help me believe
In America, It brought you the hamburger
Well America you know where,
You can shove your hamburger
And don't you wonder
Why in Estonia they say
Hey you, Big fat pig
You fat pig, You fat pig...'
-E-

segunda-feira, novembro 01, 2004

...o corpo e que paga!

Como diriam os ingleses: 'Today I'm completely knackered!' Como previsto, o fim-de-semana foi sempre a abrir, de um lado para o outro, entre lojas e museus, restaurantes e cafes. Acho, no entanto, que um dos momentos mais agradaveis foi em Notting Hill.
Por entre a confusao da feira de Portobello, o tempo estava anormalmente agradavel e na esplanada onde almocamos -do Cafe Grove, altamente recomendado pelo Guia de Londres- o Sol fazia-se sentir, a medida que saboreava uma fantastica sandwich de queijo de cabra com pimentos. Sao estes raros momentos de qualidade de vida que me fazem ansiar pelo fim-de-semana, para alem da habitual sonoterapia!
O dasagradavel sabor a Segunda Feira, depois de um fim-de semana tao agitado, agravado por algum cansaco fisico, nao foi de facto a melhor maneira de comecar esta semana que se preve ainda mais agitada.
As visitas regressam hoje a Portugal. Hoje a noite a casa ficara vazia de repente e a precisar de uma seria limpeza geral. Como e obvio, disposicao para limpezas nao e muita...mas la tera que ser... nao sei e quando!
...and the hectic life goes on...!
-E-